02/04/2008

Arte que se vê: "O Reino" de Peter Berg


Finalmente ontem vi "O Reino". Sinceramente andava "a fugir" deste filme. É que os filmes são de modas. Ora os cinemas são inundados por n filmes de terror ao mesmo tempo, ora por comédias, ora por filmes que partilham a mesma temática. Actualmente o tema chave tem sido o terrorismo, a guerra no Iraque. De certa forma é mais do que normal e esperado que assim seja, ninguém no mundo é impermeável à realidade dos nossos dias.

Gosto de cinema americano, mas reconheço que quando assuntos sérios são focados, existe uma enorme tendência a apresentarem uma visão unilateral, fazendo de um filme uma autêntica propaganda ao modo de vida americano. Felizmente tem havido um crescimento dos realizadores e, aos poucos têm desenvolvido uma visão um pouco mais global dos acontecimentos que descrevem. Aperceberam-se da zona cinzenta, que o mundo não se pinta somente da dicotomia branco/ negro, bom/mau.

Voltando a este filme, devo dizer que gostei. A cena final do mesmo cativou-me, leva à reflexão. Ilustra que existem mais semelhanças do que diferenças, mesmo quando se analisa um bombista e um agente do Fbi - isto porque as palavras de ambos para com alguém querido, para diminuir o sofrimento oriundo de acções da facção oposta foram exactamente as mesmas: "eles vão morrer todos".

Gostaria de ver um filme do género que fosse um produto do cinema europeu, onde se explorasse verdadeiramente um visão neutra, quase documental e jornalística deste tema.




"O Reino

Como deter um inimigo que não tem medo de morrer?


Quando um terrorista detona uma bomba no interior de uma zona residencial americana em Riad, na Arábia Saudita, um incidente internacional é espoletado.
Enquanto os diplomatas debatem demoradamente potenciais respostas aos actos terroristas, o agente especial do FBI Ronald Fleury (Jamie Foxx) rapidamente reúne uma equipa de elite (Chris Cooper, Jennifer Garner e Jason Bateman), negociando secretamente uma viagem à Arábia Saudita com o intuito de localizar o responsável por trás dos atentados.
Ao aterrarem na Arábia Saudita, Fleury e a sua equipa apercebem-se das desconfianças das autoridades locais e das dificuldades constantemente impostas. A equipa vê no Capitão da polícia saudita, Al-Ghazi, um precioso aliado que os ajuda a contornar as burocracias e a desvendar os mistérios da cena do crime, bem como o “modus operandi” de uma célula extremista.
Com esta aliança improvável, mas com dedicação e objectivos semelhantes, aproximam-se gradualmente da verdade, e numa luta envolvendo as suas próprias vidas, estranhos, unidos por uma mesma missão, não desistirão até que se faça justiça no Reino."




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