16/07/2009

Arte que se visita: Julho em Sintra e Mafra


O Verão também é sinónimo de festas populares por todo o país. Tenho que confessar que em miúda torci sempre o nariz ao tipo de animação destes encontros. Ao viajar por muitas zonas do nosso país ficava sempre com a impressão que somente a pronúncia se distinguia nestas festas, sempre iguais e, para mim, nada apelativas.

Após anos de enfado e outros de ausência neste tipo de ocasiões sinto-me no dever de afirmar que nestes últimos três fins de semana, os concelhos de Sintra e Mafra, marcaram-me pela positiva.

Em Sintra, está ainda a decorrer a Rota das Feiras, onde o objectivo é animar, recriando feiras de tempos idos. Iniciou-se em 28 de Junho com a Feira Romana no Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, seguindo-se uma Feira Medieval no largo de S. Pedro de Sintra, um torneio a cavalo no largo do Palácio da Vila. Sublinho a boa organização e, sobretudo a riqueza através da presença de artesãos, animações várias, demonstrações, muitas barraquinhas onde todos os participantes estiveram sempre vestidos à época num bom rigor.

Finda este fim de semana, (de 17 a 19 de Julho), com uma Feira Setecentista no largo do Palácio Nacional de Queluz.


Refiro Mafra também pelo excelente programa de concertos gratuitos que ocorreram no fim de semana de 10 de Julho. As duas figuras de cartaz a que assisti foram os Corvos e os Wok. O desempenho foi magistral, agradando às muitas pessoas de variadas idades que assistiram, resistindo ao frio nocturno de boa vontade.


As pessoas aderiram a estes eventos. A nota não poderia ser mais positiva. Pessoalmente aplaudo os municípios que ousam ser mais criativos nas acções que promovem. Que voltem para o ano!



15/07/2009

Arte que se lê: "Sintra, Serra Sagrada, Capital Espiritual da Europa" de Vitor Manuel Adrião


Nasci em Sintra aos pés do Palácio. Vivo em Sintra. Sinto por esta vila o mesmo deslumbramento que tantos outros ao longo de milénios.
"Sintra, cuja mais antiga forma medieval conhecida "Suntria" apontará para o Indo-Europeu “astro luminoso” ou “sol”, terá sido designada por Varrão e Columela como Monte Sagrado. Ptolomeu registou-a como a "Serra da Lua" e o geógrafo árabe Al-Bacr, no século X, caracterizou Sintra como «permanentemente mergulhada numa bruma que se não dissipa."

É fácil para qualquer um, quer passe amiúde nestas paragens, quer visite esta vila pela primeira vez, sentir que penetra num local mítico, fantástico. Tem sido inspiração de uma pleiade de manifestações criativas seja na literatura, seja até na única arquitectura - não fosse também a capital do romantismo.
Por isso hoje trago-vos este livro, que desvenda ao leitor a linguagem cifrada presente nos edifícios, na composição de Sintra, e que vão buscar as suas raízes à rosacruz, ao templarismo, à maçonaria como é o exemplo da Quinta da Regaleira.

Em S.Pedro de Sintra existe numa rua aberta ao trânsito um muito antigo túmulo onde dizem que jazem juntos para a eternidade um mouro e um cristão. Lenda ou não, é assim que sinto Sintra: um local onde todas as formas de ser, todas as luzes, todas as espiritualidades se abraçam e se unem para formar este pináculo, este sagrado "monte da lua".

Um excerto do livro:

"Este livro perfila-se no singular deslumbramento da descrição das lendas, narrativas, história e esoterismo de Sintra, assumida como Serra Sagrada por antigos e clássicos ao ponto de no século XIX o rei D.Fernando II, num ensejo iluminado, pretender que a vila se tornasse a capital espiritual da Europa.

Sendo o primeiro livro inteiramente dedicado à facies oculta ou à "história não contada" de Sintra. aborda toda uma dimensão desconhecida, repleta de lendas e tradições, dando a conhecer alguns documentos históricos inéditos, bem como um roteiro que descreve as suas quintas, palácios e igrejas, sem esquecer as múltiplas personalidades que contribuíram para a Espiritualidade Sintrã. Entre alguns tópicos particularmente encantatórios para o leitor destacam-se a Quinta da Regaleira e o famoso "Monteiro Milhões"; as grutas do Castelo dos Mouros, a Demanda do Santo Graal e o Parque da Pena, o Convento dos Capuchos e a Alquimia, as inscrições hindus da Penha Verde, os Fiéis de Amor e o Palácio Real da Vila, os Templários e os Árabes de Sintra, a célebre profecia da Serra da Lua ou ainda Mafra e o V Império, Cascais e a enigmática "Boca do Inferno"".


"O Mistério Incrível dos subterrâneos de Sintra


Uma verdadeira cidade subterrânea, formada por túneis e grandes galerias, a partir do Castelo da Penha e construídos pelos Mouros e pelos Templários há cerca de oito séculos, faz com que a Serra de Sintra se pareça mais com um queijo "Gruyère" do que com uma montanha a quem já Ptolomeu apelidava de Montanha da Lua, nome aliás repetido por Camões quando a ela se refere, em verso, nos Lusíadas.

Em tempos ainda mais remotos, Festo Avieno chamou-lhe Ofiússa, palavra de origem grega significando "terra da serpente". Serpentes seriam, segundo autores mais dados à História superficial, os ídolos das tribos indígenas, mas não se pode olvidar o facto de os Iniciados em determinada Via do Conhecimento serem conhecidos por idêntico nome.

Por seu lado, o cruzado Osberno, um dos voluntários estrangeiros na conquista de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques e, quanto a nós, o primeiro repórter da História de Portugal, sobre a Serra de Sintra referiu, nas suas crónicas, que se tratava de uma região tão enigmática ao ponto de as éguas ficarem prenhas apenas devido ao vento..."



Na internet:

- Site de informação sobre o autor: http://lusophia.portugalis.com/

- Sintra na Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sintra


imagem: Quinta da Regaleira
Meus amigos,

Mais uma vez peço-vos desculpa pela ausência. Parece que as minhas contribuições por aqui têm sido mais intermitentes que constantes.
Fico no entanto muito feliz em voltar e ver que este espaço que criei com o intuito de o partilhar tornou-se tanto meu como vosso e, que conta com as vossas visitas dia após dia.
Agora que voltei será com o máximo prazer que responderei às questões que me deixaram. Acolho igualmente com muito carinho as sugestões e, darei o meu melhor para que sintam cada vez mais prazer em visitar este espaço.

Bem hajam

30/04/2009

Arte que se lê: "O Livro Básico dos Chakras" de Naomi Ozaniec


A curiosidade é uma qualidade. Fomenta a vontade de aprender mais, explorar, aumentar o conhecimento. Agrada-me especialmente que exista actualmente tanto interesse e curiosidade sobre temas mais alternativos que vão desde os chakras, às várias terapias alternativas, à física quântica, e por aí fora.


Considero este livro de grande valor para quem esteja interessado no tema chakras. Para quem não conhece e quer estabelecer contacto com este tema pela primeira vez é uma excelente introdução, pois é sintético, e a autora utiliza uma linguagem clara e perceptível para qualquer pessoa.

Mesmo para quem conhece o tema, este continua a ser um bom livro que, embora pequeno é bastante completo e coerente.


"O que são os chakras? Onde estão localizados? Como o conhecimento deles pode nos ajudar? De que modo poderemos trabalhar com a sua energia? Representam eles um caminho para a iluminação?

Estas e muitas outras perguntas são respondidas neste livro. Ele foi escrito para introduzir o leitor numa vasta área do conhecimento. O Livro Básico dos Chakras apresenta as directrizes teóricas e práticas para o trabalho com esses centros de energia.


Escrito de maneira clara e didáctica, este livro é um precioso guia para quem se quer apronfundar seriamente no estudo dos diferentes chakras, contendo sugestões suficientes para o leitor delinear um programa de trabalho para cada um deles. O leitor poderá ainda combiná-lo com as afirmações, os remédios florais do Dr Bach, uma música adequada e os exercícios preliminares propostos pela autora. O Livro Básico dos Chakras irá definitivamente a compreender e a sentir como os chakras são parte fundamental da sua saúde e da sua vida".


Introdução


"Nossa era preza a franqueza e dá valor ao acesso irrestrito às informações. As pessoas estão preparadas para lutar pelo direito de saber, de aprender e de compartilhar as informações relacionadas com o seu dia-a-dia. Enquanto sociedade, não gostamos de sentir que alguma área de experiência é proibida, limitada ou restrita. A ideia de que alguma actividade deve ser mantida em segredo contraria a natureza da democracia. Esta é, verdadeiramente, a era de Todo Homem e Toda Mulher.


O tema deste estudo foi mantido em segredo durante muitos séculos. O conhecimento dos chaktas foi passado de mestre a aluno como parte de uma tradição espiritual oral. Desse modo, o conhecimento foi preservado. As pessoas alcançaram aos poucos uma total compreensão das dádivas e das responsabilidades inseparáveis do despertar dos chakras. Os tempos mudam e, posteriormente, alguns aspectos desses ensinamentos foram registados e ultrapassaram os limites da linhagem original.


Nossa tradição religiosa nos deixa despreparados para acreditar que qualquer coisa de natureza espiritual poderia justificar um segredo. De facto, a face exotérica da religião, com sua ênfase em manter artigos de fé e compartilhar actos de adoração, fornece um veículo de que qualquer pessoa pode participar. A face esotérica da religião, ao contrário, oferece a prática antes da doutrina. Esotérico significa, simplesmente, "para poucos". Não é um caminho amplo que a todos convida. Paradoxalmente, a porta do caminho esotérico está sempre aberta a todos; contudo, a admissão só é buscada por poucos.


Os ensinamentos esotéricos comumente são considerados secretos. Este facto criou uma injustificada atmosfera de suspeita e de mal-entendidos. Na realidade, o conhecimento esotérico não pode ser transmitido da mesma maneira como o são outros ramos do saber. Se eu lhe disser, por exemplo, que você tem uma certa quantidade de centros de energia, ou chakras, talvez você não me dê crédito. Se você não se deixar persuadir pela minha declaração, ficará ainda menos convencido pelos meus argumentos e, se estiver inclinado a acreditar em mim, sua aceitação neste estágio nada mais é do que um assentimento intelectual. A única maneira pela qual você pode, realmente, desenvolver uma crença inabalável na realidade que acabo de descrever é participar, activamente, do seu próprio processo de compreensão. As descobertas que fizer serão inteiramente pessoais e dependerão de um grande número de factores. Caso você não queira testar essa hipótese esotérica por si mesmo, a realidade dos chakras, inevitavelmente, lhe escapará.


O caminho esotérico exige o seu envolvimento activo. Você não pode ser um mero espectador ou observador. Você precisa agir. Se você agir segundo os princípios esotéricos e executar as práticas neles baseadas, produzirá uma mudança. Ninguém mais poderá fazer isso por você. Você é o único responsável pela sua evolução.


À medida que o processo de metamorfose total tem início e ganha impulso, suas atitudes, seu sistema de crenças, seus valores e aspirações passam, naturalmente, por uma transformação radical.
Isso ocorrerá gradualmente enquanto o processo vai agindo no seu próprio ritmo. O processo de reorientação e do eventual renascimento é, em si mesmo, um segredo. è individual, frágil e precioso, como a criança que se desenvolve dentro da protecção do útero. O nascimento de um novo nível de consciência requer um ambiente adequado.


O caminho esotérico entrelaça o seu trajecto com o das principais religiões, vindo à tona e submergindo de acordo com os ditames das circunstâncias externas. A Cabala representa a face interna do Judaísmo. A tradição sufista, a face interna do Islamismo. O Budismo Shignon representa o caminho interior do Budismo japonês. O Tantra combina as sendas internas do Hinduísmo e do Budismo. Curiosamente, todas essas tradições têm uma profunda compreensão dos chakras.


O conhecimento dos chakras está agora passando para o domínio público. Isso não deve causar surpresa, tendo em vista que a Nova Era está cada vez mais próxima. Existe, hoje em dia, uma sede genuína de todos os assuntos esotéricos. A sociedade ocidental foi construída sobre as fundações rochosas dos ganhos materiais e do poder exterior. A religião exotérica perdeu sua autoridade. As pessoas estão voltando aos caminhos antigos e mais suaves em busca de uma nova moral e orientação ética. Existe um desejo genuíno de elevação espiritual e envolvimento pessoal que não será facilmente aplacado nem tampouco dissolvido. Esse sentimento é extremante profundo. (...) "



Na internet:

- O blog da autora: http://www.naomiozaniec.co.uk/

21/04/2009

Arte que se ouve: Supertramp


Olá a todos.

Passaram 4 meses desde o último post. Mas voltei destas "férias do blog". Agradeço-vos sobretudo por continuarem a visitar o Sta Arte.


Hoje passei o dia a ouvir Supertramp. É uma das bandas cujo som me remete à infância. Sinto-me afortunada por ter crescido rodeada com a música de nomes como os Beatles, Bob Marley, Bob Dylan, Zeca Afonso, Abba, Neil Young, Supertramp e tantos outros. Aos 2 anos, isto em 1981, passava horas entretida com o rádio leitor de cassetes, põe cassete, tira cassete, play, stop... Lembro-me de aos 6 anos ter uma cultura musical muito mais ampla que outros miúdos da escola, graças aos meus pais. Acho que isso foi fundamental para fazer crescer em mim o gosto pela música que tenho. E isso é algo que não se perde.


Acho que os Supertramp foram daquelas bandas subvalorizadas, pelo menos a nível comercial. Lançaram o primeiro albúm em 1970, mas só em 1974 fizeram sucesso com temas como "Dreamer" e "School".

Tenho a certeza que esta será uma daquelas bandas que serão redescobertas pelas gerações mais novas, o que lhes trará novos fãs e um novo fôlego. Para quem não conhece vale a pena descobrir a sua discografia. Para começarem essa descoberta recomendo temas como "Dreamer", "Give a little bit", "Logical song" e "Breakfast in America". Mas, sublinho que esta banda está longe de se ficar por estes 4 temas, muitos mais há dignos de registo.



Vejam:








Roger Hogdson solo ao vivo:





Na internet:

Supertramp na Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Supertramp



Site de Roger Hogdson - http://www.rogerhodgson.com/
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