30/07/2010

Homenagem: António Feio



Hoje, em todos os meios de comunicação, fala-se de António Feio. Fala-se da sua vida e obra enquanto actor e encenador, e da sua morte. Hoje, o luto não se faz em silêncio, mas sim, através da palavra. Neste momento é impossível conseguir aceder ao site do actor: simplesmente não comporta mais visitas. Em qualquer site noticioso, ou até blog pessoal, abunda não só a cobertura desta notícia, mas também os comentários das muitas pessoas que quiseram deixar algumas palavras de homenagem.

Desta vez não se trata de uma morte inesperada. Há um ano e meio que António Feio travava uma batalha com o cancro do pâncreas, sem nunca desistir da vida. Não por medo da morte, como confessou numa das muitas entrevistas que deu ao longo deste período, mas pelo prazer de viver.
Mesmo, com toda essa força de vontade e, a vontade colectiva de imensos admiradores e amigos a desejarem honestamente que essa sombra do cancro desaparecesse de vez, as diversas aparições televisivas ou na imprensa foram uma espécie de cronologia da doença. De foto em foto, de entrevista em entrevista, ia aparecendo um António mais marcado, de semblante mais doente e frágil, mas ainda o mesmo António.

Para mim o especial no António Feio, não era somente o seu trabalho, muito menos o facto de ser uma pessoa conhecida, famosa. Do António emanava uma simplicidade e uma humildade, algo com que nos fazia simpatizar imediatamente com ele, senti-lo como alguém que se conhece. Uma certeza de que se nos cruzássemos com ele, seríamos bem recebidos.
Para além de tudo o resto, é também digna de respeito e admiração, a forma como preparou a sua partida. Tenho a certeza que se sentiu acarinhado por todo um país.
Deixo-vos aqui a mensagem que António quis deixar ao mundo.

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