06/09/2008

Arte que se lê: "Mais que humano" de Theodore Sturgeon


Theodore Sturgeon (1918-1985), de seu nome verdadeiro Edward Hamilton Waldo, foi considerado um escritor prolífico tanto de short stories, como de romances.

"Mais que humano" é a minha leitura mais recente e opto por falar deste livro porque, simplesmente, trata-se de algo original, diferente de tudo o resto que tenho encontrado no campo das letras.

"Esta obra, publicada pela primeira vez em 1953, é uma referência incontornável dos primórdios da ficção científica, é um clássico e uma fabulosa aventura da imaginação ainda nunca ultrapassada. Um romance distinguido com o International Fantasy Award."


Imaginem seis pessoas que, antes de se conhecerem, a única coisa que partilhavam era um sentimento de desajustamento, exclusão, perante o mundo. Todos eles, diferentes entre si, sentiam a falta de algo, enquanto lidavam com os episódios mais ou menos bizarros da sua vida. Todos eles possuem algo que os difere do mundo que os rodeia e, um magnetismo interior, uma força inconcebível que sem explicação, os encaminha na direcção uns dos outros, até que se unem. A partir desse momento descobrem o que os difere do mundo: enquanto cada pessoa é um indivíduo, cada um desses seis seres é somente um membro de um organismo maior, um ser "gestalt" e só nesta união se sentem como um "todo".


" - Pergunta ao Bébé que espécie de pessoas estão sempre a tentar saber o que são e a que pertencem?

- Ele diz: todas as espécies.

- Então - perguntou Nico -, de que espécie sou eu?

Ao fim de um minuto, gritou:

- De que espécie?

- Cala-te um momento. Ele não tem uma maneira de o dizer... uh... já está. Ele diz que é um cérebro que calcula as coisas, e eu sou um tronco, e as gémeas são braços e pernas, e tu és a cabeça. Ele diz que o "Eu" somos nós em conjunto.

- Eu pertenço. Eu pertenço. Sou parte de ti, de ti e de ti também.

- És a cabeça, parvo. "

1 comentário:

Meus Netos...Minha Fortuna!!! disse...

Minha querida amiga
Hoje venho só agradecer a tua visitinha e as deliciosas palavras eixaas.
Obrigada
Bem Hajas!
Um beijinho
Vóvó Cassilda

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