22/02/2008

Arte que se visita: Museu Nacional do Azulejo

Para além da História da Arte, que tem servido de mote à maioria dos posts deste blog, é minha intenção navegar por entre diversas temáticas, criando rúbricas diversas. Aliás, o tema Arte é tão vasto e complexo, sendo impossível não ser algo polivalente nas abordagens.
Não é novidade para ninguém, que vivemos num país que tem um riquíssimo espólio artístico, salvaguardado sobretudo pelos nossos museus. A rúbrica "Arte que se visita" é então criada para informar sobre os nossos museus, e não só.
Começo por divulgar o Museu Nacional do Azulejo neste primeiro post, e fica a promessa de, no futuro, deixar aqui algo mais detalhado sobre a História do Azulejo. Até lá, disfrute deste blog, que também é seu, e sobretudo, visite os nossos museus.


"No ano de 1498 o rei de Portugal D. Manuel I viaja a Espanha e fica deslumbrado com a exuberância dos interiores mouriscos, com a sua proliferação cromática nos revestimentos parietais complexos. É com o seu desejo de edificar a sua residência à semelhança dos edifícios visitados em Saragoça, Toledo e Sevilha que o azulejo hispano-mourisco faz a sua primeira aparição em Portugal. O Palácio Nacional de Sintra, que serviu de residência ao rei, é um dos melhores e mais originais exemplos desse azulejo inicial ainda importado de oficinas de Sevilha em 1503 (que até então já forneciam outras regiões, como o sul de Itália).
Embora as técnicas arcaicas (alicatado, corda-seca, aresta) tenham sido importadas, assim como a tradição decorativa islâmica dos excessos decorativos de composições geométricas intrincadas e complexas, a sua aparição em Portugal cede já um pouco ao gosto europeu pelos motivos vegetalistas do gótico e a uma particular estética nacional fortemente caracterizada pela influência de factores contemporâneos. O império ultramarino português vai contribuir para a variedade formal; vão ser adaptados motivos e elementos artísticos de outros povos que se transmitem pelo curso da aculturação. Um dos exemplos mais marcantes do emprego de ideias originais é o do motivo da esfera armilar que surge no Palácio Nacional de Sintra e que vai permanecer ao longo da história portuguesa como o símbolo da expansão marítima portuguesa."


(fonte: wikipédia)


Em 1509, funda a Rainha D. Leonor, o Convento da Madre de Deus, ocupado por Franciscanas Descalças da primeira regra de Sta Clara.
Séculos depois, em 1872, são iniciadas as obras que permitiriam a instalação de um pequeno núcleo museológico neste
mesmo espaço. Gradual e continuamente os espaços vão sofrendo restauros e remodelações. Um grandes pontos da sua existência foi a abertura ao público da exposição permanente de azulejos em 1971.
Nunca estagnando, o MNA tem até ao tempo presente alargado o seu espólio museológico com peças que têm as suas origens no séc. XV até os dias de hoje.
A existência da Biblioteca, do Centro de Documentação, do Serviço Educativo que executa tarefas educativas diversas e regulares, que vão desde as visitas comentadas às exposições até às oficinas de pintura de azulejos, o Museu Nacional do Azulejo garante desta forma aos seus visitantes, uma experiência altamente lúdica e educativa aos seus visitantes.
Na internet, para conhecer mais sobre o MNA, visite
http://www.mnazulejo-ipmuseus.pt/code/common/presentation/index_site.php

Informações:

Museu Nacional do Azulejo
Rua da Madre de Deus, 4; 1900-312 Lisboa
Tel: 218 100 340

Abertura: Terça-feira das 14h às 18h / Quarta-feira a Domingo das 10h às 18h
Encerrado: Segunda-feira, Domingo de Páscoa e feriados do Ano Novo, 1º de Maio e 25 de Dezembro.

Preçário:
Bilhete Normal 4 €
Descontos
€ 2,00 - Visitantes entre 15 e 25 anos e mais de 65 anos; com deficiência;
€ 1,60 - Cartão Jovem (apenas para o próprio e mediante apresentação de cartão identificativo);
Bilhete de Família: famílias com dois ou mais.



Imagem: Palácio Nacional de Sintra, Portugal. Pátio da Carranca: pormenor de azulejos com motivo de esfera armilar.


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